quinta-feira, 29 de novembro de 2012

VIRGEM DO CARMO



A Virgem do Carmo foi a Mãe do divino Redentor do Mundo.
Inumeráveis escritores cantaram apologias à mãe mais grandiosa de todos os tempos. Como poderíamos defini-la? Nem a pluma de Miguel Angelo, nem a Madona de Leonardo Da Vinci conseguiram nos traduzir, de forma fiel, a imagem da Virgem Maria.
Inumeráveis esculturas trataram de personificar a Virgem do Carmo, mas nenhuma delas pode traduzir exatamente a fisionomia daquela grande filha da Luz.
Ao contemplar com os olhos da Alma a inefável figura daquela Divina Mãe, não vemos nada que tenha sabor de diamantes, rubis e esmeraldas. Diante dos olhos da Alma, desaparecem, por completo, as púrpuras e sedas com que se quis envolver a lembrança de Maria, a Divina Mãe do Jesus de Nazaré.
Não foi Maria aquela verdade mundana gravada em todas as aguarelas.
Com os olhos do Espírito, só contemplamos uma virgem morena queimada pelo sol do deserto. Ante os nossos atónitos olhares espirituais, apagam-se esbeltos corpos e rostos provocadores de figuras femininas, para aparecer, no seu lugar, uma mulher singela de pequena estatura, corpo magro, rosto pequeno e ovalado, nariz sem ponta, lábio superior algo saliente, olhos ciganos e ampla fronte.
Aquela humilde mulher vestia-se com túnica cor carmelita ou castanho e  sandálias de couro.
Caminhando através dos desertos africanos rumo à terra do Egipto, parecia uma pródiga com sua túnica velha e rota e o seu rosto moreno humedecido em copioso suor.
Não é Maria aquela estátua púrpura e diamantes que hoje adorna a catedral de Notre-Dame de Paris.
 Não é Maria aquela estátua cujos dedos de arminho, engastados em puro ouro, alegra as procissões da casa paroquial.
Não é Maria aquela verdade inesquecível que, desde meninos, contemplamos sobre os sumptuosos altares das nossas igrejas do povo, cujos sinos metálicos alegram os mercados das nossas paróquias.
 Diante de nossos sentidos espirituais, só vemos uma virgem morena queimada pelo sol do deserto.
 Diante da vista do espírito, desaparecem, por completo, todas as fantasias para aparecer, no seu lugar, uma pródiga humilde, uma humilde mulher de carne e osso.
 Desde muito menina, Maria fez voto de castidade no templo da Jerusalém.
Maria era filha de Ana. Sua mãe levou-a ao templo para que fizesse seus votos. E Maria era uma das Vestais do Templo.
 Nasceu entre uma aristocrática família e, antes de ingressar no templo como Vestal, teve inumeráveis pretendentes e até teve um rico e bonito homem que quis casar-se com ela. Porém, Maria não o aceitou, o seu coração só amava a Deus.
Os primeiros anos da sua vida estiveram rodeados de toda classe de comodidades.
Conta a tradição que Maria fazia tapetes de relva para o templo de Jerusalém e que esses tapetes se convertiam em rosas.
Maria conheceu a Doutrina Secreta da Tribo de Levi. Maria educou-se à sombra augusta dos pórticos da Jerusalém entre a folhagem núbil dessas palmeiras orientais em cujas sombras descansam os velhos cameleiros do deserto.
Maria foi iniciada nos Mistérios do Egipto, conheceu a Sabedoria dos Faraós e bebeu no Cálice do antigo Cristianismo, calcinado pelo fogo ardente das terras orientais.
Na Religião Católica, tal como hoje a conhecemos, nem sequer se vislumbra sobre as sete colinas da Roma augusta dos Césares e os velhos essénios só conheciam a velha Doutrina Cristã, a doutrina dos mártires, aquela doutrina pela qual São Estêvão morreu mártir.
 Essa Santa doutrina crística se conservava em segredo dentro dos Mistérios do Egipto, Tróia, Roma, Cartago, Eleusis, etc.
 O grande que houve no Cristo Jesus foi ter publicado a velha doutrina sobre os meio-fios da Jerusalém.
 E foi Maria, a Virgem de Carmo, designada pela Divindade para ser a Mãe do Divino Redentor do Mundo.

VM Samael Aun Weor ( in a “A Virgem do Carmo”)


JFM - Lisboa - PORTUGAL

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CONSULAMENTUM









O CONSULAMENTUM era um rito onde os sacerdotes cátaros, ou bons homens e boas mulheres, como se auto denominavam e eram assim chamados a partir do momento em que recebiam tal sacramento. Ele representava simbolicamente a morte da relação com o mundo corrompido. Os crentes ou credentes (croyants) eram os simpatizantes da doutrina cátara e somente recebiam o consolamentum nos momentos que antecediam sua morte.

O consolamentum era um batismo espiritual, como descrito no Novo Testamento, onde a prática do ritual pela  água foi revogada e o batismo de fogo implementado. Apenas um Parfait ("um Perfeito") poderia administrar o consolamentum, o que significa que cada novo Parfait estava no final de uma cadeia de Parfaits antecessores que os ligavam tal como os Apóstolos ao próprio Jesus.

Foi a cerimonia mais importante na teologia cátara, marcando a transição do crente comum (auditore ou credente) para Parfait, um dos eleitos. Durante a cerimonia, o Espírito Santo, acreditavava-se, descia dos céus e habitava o corpo do Parfait. Foi em grande parte devido à  presença do Espírito Santo que dos Parfaits eram esperadas vidas e condutas ascéticas que motivavam os credentes a mais que os adorar, respeitar.

A cerimonia era impressionante na sua simplicidade. Eram necessários materiais tais como água, óleo da unção, que a Igreja Romana ainda preserva  da antiga Igreja Gnóstica. Os Cátaros alegavam que o rito tinha sido ensinado por Cristo, e que fora transmitida de geração em geração pelos “homines boni”. Para os católicos da época, o rito era, na verdade, um mistério e por perseguirem os Gnósticos inventaram uma explicação que o rito cátaro era uma imitação distorcida de vários rituais católicos.

O consolamentum apenas era ministrado aos crentes moribundos doentes ou feridos, ou perante a expectativa da morte. Quando eles morriam tudo se resolvia, porque a morte os defendia da conduta pecaminosa. Ao invés, se por qualquer razão sobreviviam eram obrigados a levar uma conduta de Parfaits. Com esperança, muitos deles, levavam então esse tipo de vida com o comportamento condizente e esperada. Uma vez recuperados, eram agora veerdadeiros Parfaits que presumivelmente se esperava um comportamento condizente. Algumas autoridades, no entanto diferenciavam e estabeleciam uma diferença entre o batismo dos Perfeitos, "Solace", e o  batismo concedido ao moribundo para a remissão de seus pecados. Neste caso, aqueles que recebiam o batismo 'Solace' e sobreviviam, eram compelidos a fazer em seguida, um treino normal e receber o Consolamentum novamente para se tornar um membro pleno funcionamento dos Eleitos.

Tal como AQUI
se pode ler "Como um catecúmeno da Igreja primitiva - práticas cátara refletiam o uso antigo - um crente tinha que passar por um período de provação, normalmente, pelo menos um ano, durante o qual ele era instruído na fé e disciplinado em uma vida de ascetismo rigoroso”
O Consulamentum era o único sacramento praticado pelos antigos Gnósticos



JFM - Lisboa - PORTUGAL

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PAZ INVERENCIAL



Que significa Paz Inverencial?
Paz Inverencial é parte de uma saudação de um passe utilizado nos Templos das dimensões superiores. Inverencial refere-se àquilo que surge do mais profundo dos nossos corações, que brota da verdadeira, essência do nosso Ser. Paz Inverencial é um sinal de consciência e boa vontade vinda do nosso Ser Interior Profundo.
Por isso a palavra Inverencial não existe no mundo físico, e não se encontra em nenhum dicionário. É uma saudação emanada desde a consciência superlativa do Ser.
Paz Inverencial.

JFM - Lisboa - PORTUGAL

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O AMOR



Um esposo foi visitar um sábio conselheiro e disse-lhe que já não queria a sua esposa e que pensava separar-se.
O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra: Ama-a. Depois guardou silêncio.
-Mas já não sinto nada por ela.
- Ama-a. Tornou o sábio.
E ante o desconcerto do homem, após um profundo silêncio, o velho sábio acrescentou o seguinte: Amar é uma decisão, não um sentimento; Amar é dedicação e entrega, amar é um verbo e o fruto dessa acção é o Amor.
O Amor é um exercício de jardinagem: arranca o que pode causar dano ao teu jardim, prepara o Terreno, semeia, sê paciente, rega e cuida. Prepara-te porque haverão pragas, secas ou excessos de chuvas, mas não será por isso que abandonarás o jardim.
Ama a teu par, isto é, aceita-o, valoriza-o, respeita-o, dá-lhe afecto e ternura, admira-o e compreende-o. Isso é tudo: Ama-o.
Por isso a vida sem amor a Deus, nem a ti mesmo, nem aos teus pais, nem ao teu par, nem aos teus amigos, nem ao que te rodeia terá sempre efeitos nefastos.

A inteligência sem amor, faz-te perverso.
A justiça sem amor, faz-te cruel.
O sucesso sem amor, faz-te arrogante.
A riqueza sem amor, faz-te avarento.
A docilidade sem amor, faz-te servil.
A beleza sem amor, faz-te ridículo.
A autoridade sem amor, faz-te tirano.
O trabalho sem amor faz-te escravo.
A singeleza sem amor faz-te obscuro.
A oração sem amor, faz-te introvertido.
A lei sem amor,  faz-te escravo.
A fé sem amor, faz-te fanático.
A cruz sem amor, converte-se em tortura.
A vida sem amor, sem amigos e sem família, não faz sentido.


JFM - Lisboa - PORTUGAL

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

OS SETE TIPOS DE CRISTÃOS




Decorridos mais de dois mil anos desde os acontecimentos nas ruas de Jerusalém e Gólgota, parece que ainda não foi bem compreendido o verdadeiro significado do que é ser um VERDADEIRO CRISTÃO.
Primeiro que tudo é necessário entender que cristão não é o homem que o diz ser ou a quem os outros assim o chamam. Cristão é todo aquele que VIVE DE ACORDO com os PRECEITOS DO CRISTO Cósmico. Tal como internamente somos dominados como estamos pelo “Eu” da Psicologia Experimental, torna-se conclusivo que é impossível transformar em carne, sangue e vida, a doutrina científico religiosa tal como a divulgaram Jeshuá Ben Pandirá nas ruas de Jerusalém ou por Nosso Senhor Quetzalcoatl entre os Nahuas do México antigo, ou pelo Bendito Senhor Krishna, o Cristo Indiano.
Podemos dizer, sem receio de cair em exageros, que temos 97% de anti- cristãos e 3%, ou menos, DE CRISTÃOS. Isto significa que o anti-cristo vive no fundo de cada um de nós e expressa-se de forma múltipla. Muitos, no entanto, supõem que os anti-cristãos são umas personagens estranhas nascidas neste ou naquele lugar da terra, vindos deste ou daquele país. Quem assim pensa está completamente equivocado, porque o anti-cristo não é um ser definido mas sim um qualquer sujeito ou pessoa. Sequencialmente, o anti-cristo (o “Iníquo” de quem nos fala Paulo de Tarso) é de um cruel realismo dos tempos aziagos que vivemos
Por exemplo, Jesus, disse: “Amem os vossos inimigos”; como podemos amar os nossos inimigos se nem sequer sabemos amar os nossos amigos?
A auto-suficiência do anticristo que no nosso interior carregamos, bem como o orgulho, a soberba, o amor-próprio, impedem a manifestação daquilo a que se chama “AMOR”, a base fundamental do autêntico e legítimo Cristianismo. Realmente, ser cristão é algo muito difícil.
Ser Cristão significa ter o Ser de um Cristão, isto é, ter Alma e Espírito, possuir
o Real Ser Interior Profundo. Apenas aqueles que têm o Real Ser encarnado, podem realmente viver conforme os preceitos do Cristo Cósmico.
O anticristo não pode viver jamais de acordo com tais preceitos, o Eu é o Ego e isso é tudo.
Dado que no Esoterismo estudam-se 7 tipos de Homens, sobre uma escala septenária da humanidade, podemos classificar as 7 Escalas do Cristianismo:

1ª: A do HOMEM INSTINTIVO E BRUTAL (superficial, externo) aquele que se contenta em assistir a cerimónias religiosas mesmo sem as entender minimamente.

2ª: A do EMOTIVO E SENTIMENTAL, estes tão depressa estão a chorar ante os santos da sua devoção, como bem cedo levantam fogueiras inquisitórias para aqueles que qualificam de hereges; as guerras religiosas são sempre provocadas por esta classe de homens...

3ª: A do INTELECTUAL, estes, como religiosos, querem interpretar as Sagradas Escrituras apenas do ponto de vista intelectual, sem entendimento ou sequer Intuição; abundam muito entre Protestantes, Adventistas, Anglicanos, Testemunhas de Jeová, Católicos, etc.

4ª: A do INQUIETO BUSCADOR, esta classe encontramo-la entre as Escolas Teosóficas, Rosacrucistas, Yoguismo, etc., são os que se iniciam na procura mais profunda da Verdade.

5ª: Aquele que já fabricou ALMA e ESPIRITO, este já é um Cristão, com muitos e graves erros, mas cristão.

6ª: Os CRISTÃOS PERFEITOS, Homens Auto-Realizados que sofrem muito para eliminar os resíduos do Eu Pluralizado.

7ª: CRISTÃOS ABSOLUTAMENTE Perfeitos. Cristãos sem resíduos do Eu. Grandes
Mestres totalmente Auto-realizados.

Felizmente e ainda que o anticristo se mantenha programado na nossa mente e aí resista, são estas declarações Gnósticas que nos dizem que na Vida Universal nada é como ele propõe. Existe outra Ciência, outra Sabedoria que desde tempos imemoriais está plasmada nos símbolos, nos textos sagrados, nas tradições mais antigas, etc., etc., e que agora o Gnosticismo contemporâneo e o seu Avatar Samael Aun Weor, põe ao alcance de todos aqueles que queiram converter-se em VERDADEIROS CRISTÃOS.

JFM - Lisboa - PORTUGAL