A ORAÇÃO, em nosso dia-a-dia, deveria ser algo simples e natural. Deveríamos acordar, passar o dia e, ao nos recolhermos, à noite, entregar-nos à oração.
Pela oração alcançamos graças. Pela oração pacificamos a agitação interior e acalmamos o bulício mental.
JFM - Lisboa Portugal
Pela oração alcançamos graças. Pela oração pacificamos a agitação interior e acalmamos o bulício mental.
A oração é um ato consciente, sem fórmulas, e que afasta a inconsciência.
Quando começamos a orar, parece que tudo está agitado, mas, com o passar dos minutos, a mente se acalma e podemos nos concentrar melhor. Apenas precisamos de uns quantos minutos, reservados, para orar.
O silêncio que se busca na oração é o interior e cada um precisa treinar-se em silenciar os “barulhos” e “conversas” internas. Para isso, a melhor prática é a da meditação. A meditação vipassana, baseado na atenção, plena consciência e investigação, ensinada por Buddha, ajuda a pacificar a mente.
Jesus, quando orava, também se recolhia. Se dirigia ao silêncio do deserto e, sob as estrelas, conversava com seu Pai.
Outro ponto essencial na oração diz respeito aos sentimentos ou emoções nobres. É o que se chama de RETO SENTIR, em que precisamos aprender a expressar, em cada gesto, palavra, olhar, entre outras formas de expressão, as emoções de tipo superior.
Para isso precisamos aprender a utilizar de forma RETA e SÁBIA os cinco centros ou cilindros da “máquina humana” e, aí, retornamos a um tema surrado e que poucos dão atenção: a assimilação inteligente das impressões.
Embora muitos não saibam, de início, o que é uma emoção superior, sabem, por outro lado, ainda que inconscientemente, o que é uma do tipo negativo, que geralmente nos advém ao assistirmos filmes, tais como de terror, brutais, melancólicos, românticos, etc.
Destes centros, o emocional, que está empedernido em praticamente todos nós, precisa ser trabalhado. A base das práticas espirituais DEVOCIONAIS, conseguimos que esse centro seja purificado e expresse sentimentos ou emoções nobres, superiores.
As práticas devocionais podem ser, entre outras
• Mantras (om tare tutare ture soha, ram-io, inri, gate gate paragate parasamgate
bodhi svaha, entre outros);
• Canção de lótus;
• Orações em favor da humanidade (Cadeia com a Grande Mãe Gaea e prática
com o Logos Solar);
• Yoga do rejuvenescimento;
• Jejuns.
Jejuar não quer dizer privar-se de alimentos, mas, prover-se de um tipo de alimento propício ao trabalho espiritual.
Podemos, por exemplo, todas às quintas fazer um jejum em que nos absteremos de comer carnes, frituras ou massas, fazendo proveito de frutas, sucos naturais, saladas, mel, cereais, água, etc., de forma equilibrada. Na oportunidade, durante o dia, sem abandonar nenhum compromisso, procurar, agindo na intimidade e individualidade que possuímos, orar, louvar, agradecer à divindade, aos mestres, aos buddhas.
Como ensinou o Cristo: “quando quiserdes orar, entrai no vosso quarto e, estando fechada a porta, orai ao vosso Pai em segredo; e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. E, orando, não useis as vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo muito falar serão ouvidos”.
Importante falar sobre a importância da oração porque no trabalho espiritual há uma questão central e um ponto-chave para o avanço e o progresso, que é o trabalho da eliminação dos defeitos.
O Mestre Samael sempre ensinou que somente um poder superior à mente é capaz de eliminar, dos 49 níveis da mente, os defeitos que possuímos. Esse poder ou força é exercido por nossa Divina Mãe Kundalini.
De nada adianta passar o dia em estado de alerta, meditar e compreender para, ao final, consciente de tudo que se passa, nada fazer de concreto para erradicar a causa que nos ata ao sofrimento. É como saber que temos um veneno em nosso corpo e, ainda assim, deixarmos ele circular livremente, sem nada fazer.
Se para tirar o veneno procuramos um médico, para eliminar um defeito apelamos, suplicamos, rogamos à nossa Mãe Divina, o bálsamo de todas as nossas chagas, para que ela elimine tal ou qual defeito e purifique nossa mente, nossos centros e nossos sentidos. Para que Ela faça nascer em nós a alma-cristo.
Querem aprender a orar ? Aprendam a usar essa chave ensinada pelo Mestre Samael, porque, seguindo o caminho da santidade, preparamo-nos para a Epifania e realizamos em nós o Cristo.
O Mestre ensinava: A oração se faz sempre de joelhos. É preciso saber orar. Orar é conversar com Deus. Quando o Anjo Aroch, Anjo do [Raio do] Mando, ensinou-me esta chave maravilhosa da Unção Gnóstica, também me ensinou a orar. São indescritíveis aqueles instantes inefáveis em que o Anjo Aroch, na forma de uma criança ajoelhada e com as mãos juntas sobre o peito, levantava seus olhos muito puros para o céu. Seu rosto parecia de fogo naquele instante e cheio de amor profundo exclamava: “Senhor, Senhor, não me deixe cair, não me deixe sair jamais da luz, etc”.
Por fim, a ORAÇÃO é uma parte importante no caminho do ARREPENDIMENTO e da RENÚNCIA.
Texto de Alex Alves, Instrutor da Escola Gnóstica Fundasaw
Pintura. “São Francisco de Assis orando” do pintor Bartolome Esteban Murillo
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