quinta-feira, 4 de agosto de 2011

TU QUE RESPIRAS: VIVES OU ESTÁS MORTO?


São muitas as pessoas que se perguntam que há após a morte, que há no além. Num outro momento de reflexão pergunto-me e pergunto: que há nesta vida?... Que há nesta vida atual que fabricamos de maneira tão artificial?
Nascemos sim! Mas para que nascemos? Nascemos e todos choramos… Porquê?

Alguns nascem em “berço de ouro”, outros nascem em casas humildes, outros tantos em famílias sem estrutura e separadas, outros no chão, e outros, os mais desgraçados, nascem rodeados pela morte. E tudo isto para quê?
Crescemos sim! Mas para que crescemos? Crescemos e todos de uma forma ou outra sofremos… Porquê?

Ao crescer são muitos os traumas porque passa a alma neste mundo “tão civilizado e moderno”: problemas escolares, a tensão e tensões psicológicos dos famosos exames, problemas familiares de toda a índole, doenças, a separação dos pais, o mau trato infantil e um sem fim de “et ceteras”.
Podem refutar dizendo… Também há momentos muito alegres… Sim, é verdade. Mas hoje em dia, quanto duram esses momentos? Realmente muito pouco… É tão pouquinho o tempo que dura, que são muito poucas as pessoas que têm a dita de recordar a sua meninice, a sua infância com amplitude de consciência. A maioria só tem vagas lembranças e fazem disso um todo mesmo sabendo que é apenas a milésima parte dela. Porque não a podemos recordar? Se fizermos uma retrospeção minuciosa comprovaremos o que estamos a dizer…
Chegamos a jovens e depois a adultos, sim!
Mas para quê? Que foi que vivemos nessas tão ansiadas idades?
Trabalho duro, problemas económicos, divórcios, problemas nos relacionamentos de casal, de trabalho ou familiares, alcoolismo, vícios de toda a espécie, desejos insatisfeitos e pressões interiores para os atingir. Outro sem fim de “et ceteras”, acompanhados de um vazio interior incompreensível e de uma vida acelerada que nos hipnotiza e nos inventa a falsa realidade em que estamos a viver…
E após tanta batalha e tanto sofrer, após tanto trabalho e de tantos problemas resolvidos, que nos sobra?
A velhice sim! E aí vivemos na velhice?
Doenças, solidão… o nosso castelo de cartas, que é a vida, destruído; incapacidades e um outro longo caminho de amarguras que a alma sofre neste cárcere que chamamos vida…
E por fim a morte… Para onde vamos após a morte? Enigmática pergunta sobre a qual já se escreveram milhares de volumes.
Mas, por que não centrarmo-nos melhor noutras perguntas:
Para onde caminhamos em vida?
O que andamos a fazer com ela?
Qual é o fim último da nossa existência?
Qual é o objetivo de tanto sofrimento?
Como vivemos?
Para que vivemos?

Seria demasiado cruel dizer que a vida, toda ela, só serve para viajar do berço à tumba sem mais. Que tudo se resume a um viver por viver, Aceitar que assim é, resulta dizer que a vida é uma piada de muito mau gosto…
Visando aprofundar este tema transcrevemos um extrato de uma conferencia, do VM Samael Aun Weor, escrita e publicada no QUINTO EVANGELHO .

“Qual é o objetivo real da nossa existência? Para que estamos aqui, porquê? Isto é algo que devemos entender com clareza meridiana; isto é algo que devemos considerar, analisar, ajuizar serenamente…
Vivemos no mundo; Com que objetivo? Sofremos o indizível; Para quê?
Lutamos por conseguir isso que chamamos pão, abrigo e refúgio, e após todo o esforça em que ficamos?
Viver por viver, trabalhar para viver e depois morrer, é alguma coisa de maravilhoso? Em verdade irmãos, o que se torna necessário compreender é o sentido da nossa existência: O SENTIDO DO VIVER.
Há duas linhas na vida: a uma poderíamos a chamar a “HORIZONTAL”, A OUTRA A “VERTICAL”, que formam cruz dentro de nós mesmos, aqui e agora (não um segundo mais adiante, ou um segundo mais atrás). Precisamos de objectivar estas duas linhas.
A HORIZONTAL começa no NASCIMENTO e termina com a MORTE; perante cada berço existe a perspectiva de um sepulcro; todo o que nasce deve morrer… Na HORIZONTAL estão os processos do nascer, crescer, reproduzir-se, envelhecer e depois morrer; na HORIZONTAL está a luta pelo pão da cada dia, a luta por não morrer, por existir sob a luz do Sol; na HORIZONTAL estão todos esses sofrimentos íntimos da vida prática, do lar, da rua, do escritório, etc.; nada maravilhoso nos pode oferecer a Linha HORIZONTAL…
Mas existe outra linha totalmente diferente: Quero referir-me, de forma enfática, à VERTICAL. Nesta VERTICAL estão os diferentes NÍVEIS DO SER; nesta VERTICAL estão os poderes esotéricos, os poderes que divinizam, a revolução da consciência, etc.
Com as Forças da VERTICAL podemos influir decididamente sobre os acontecimentos da vida prática; podemos mudar totalmente o nosso próprio destino; fazer da nossa vida algo diverso, algo diferente, passar a ser algo totalmente novo do que fomos, ao que somos, ao que conhecemos nesta amarga existência.
É pois, a VERTICAL, maravilhosa e revolucionária por natureza; mas precisamos de ter um pouquinho de inquietudes.
Antes de mais nada pergunto-me e pergunto-lhes:
Estamos contentes com o que somos?
Quem de vós, verdadeiramente, se sente feliz, no sentido mais completo da palavra?
Quem de entre vós se sente ditoso?
Devemos ser sinceros: Nenhum de nós goza da autêntica FELICIDADE; nenhum de nós pode dizer que vive em PAZ; nenhum de nós pode dizer que encontra num oásis de BEM-AVENTURANÇA. Temos inquietudes terríveis, dissabores, ansiedades, amarguras, sofremos muito e o nosso coração palpita com intensidade tremenda…

Precisamos sair deste lodo em que nos encontramos. Precisamos, na realidade, mudar radicalmente, e isto somente seria possível se apelarmos aos poderes transcendentais e transcendentes da VERTICAL.
Por conseguinte, é urgente seguir pelo CAMINHO VERTICAL que existe dentro de nós mesmos, aqui e agora. Chegou a hora da Grande Revolução, da REVOLUÇÃO PSICOLÓGICA… Quando alguém admite que há em si mesmo uma psicologia própria, indubitavelmente, começa a trabalhar sobre si mesmo.
Há muito a eliminar, muito ridículo no nosso interior, mas também há muita coisa em nós que devemos conquistar e que nos falta. Sobra-nos muito. Falta-nos muito. Na SENDA VERTICAL fazemos um inventário de nós mesmos, para saber quem somos, de onde vimos, para onde vamos. Qual o objectivo da NOSSA existência.”


Texto lido,traduzido e adaptado . AQUI


JFM - Lisboa - PORTUGAL

Nenhum comentário:

Postar um comentário