domingo, 29 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
O PODER DA ORAÇÃO
Menga Shan avançava triunfante nos seus estudos, mas nem tudo na vida são rosas; também há espinhos. No mês de Julho, durante o quinto ano de Chindin (1264), infelizmente contraiu disenteria em Chunking. Com a morte nos lábios, decidiu fazer testamento e distribuir os seus bens terrenos. Feito isso incorporou-se lentamente, queimou incenso e sentou-se num lugar elevado. Ali, orou aos Três Bem Aventurados e aos Deuses Santos, arrependendo-se das más acções que cometera na vida.
Convencido e certo do seu fim fez aos inefáveis um ultimo pedido: “Desejo que mediante o poder do Prajna e de um estado mental controlado, eu reencarne num lugar favorável, onde me possa fazer monge desde tenra idade. Se por qualquer eventualidade me restabelecer desta enfermidade, renunciarei ao mundo e tomarei hábitos para levar a Luz a outros jovens budistas”.
Depois de formular tais votos submergiu em profundo silêncio, entoando mentalmente o mantra WU [UUUU UUUU]. A enfermidade atormentava-o, os intestinos torturavam-no espantosamente, porém ele resolveu não lhes dar atenção.
Meng Shan esqueceu-se completamente do seu corpo e as suas pálpebras fecharam-se firmemente, como se estivesse morto. Contam as tradições chinesas que quando Meng Shan entrou em meditação, só o verbo – o mantra Wu – ressoava na sua mente; depois, depois não soube nada de si mesmo…
E a enfermidade? Que se passou com ela? O que aconteceu?
É evidente que toda a afecção, doença, dor tem por base determinadas formas mentais. Se conseguirmos o esquecimento radical, absoluto de qualquer padecimento, o cimento intelectual dissolve-se e a indisposição orgânica desaparece.
Quando Meng Shan se levantou do seu lugar no começo da noite, sentiu com infinita alegria que estava quase curado. Voltou a sentar-se e continuou submerso em profunda meditação até á meia-noite, quando a sua cura se completou. No mês de Agosto, Meng Shan foi a Chiang Ning e cheio de fé ingressou no sacerdócio. Permaneceu um ano naquele mosteiro e depois iniciou uma viagem durante a qual ele mesmo cozinhava os seus alimentos, lavava as suas roupas e cuidava das suas necessidades, Compreendeu, então, na íntegra, que a tarefa da meditação deve ser tenaz, resistente, forte, firme e constante, sem nunca se cansar.
(Texto lido e adaptado do Curso de Iniciação à Gnose da Fundasaw)
JFM - Lisboa- Portugal
Convencido e certo do seu fim fez aos inefáveis um ultimo pedido: “Desejo que mediante o poder do Prajna e de um estado mental controlado, eu reencarne num lugar favorável, onde me possa fazer monge desde tenra idade. Se por qualquer eventualidade me restabelecer desta enfermidade, renunciarei ao mundo e tomarei hábitos para levar a Luz a outros jovens budistas”.
Depois de formular tais votos submergiu em profundo silêncio, entoando mentalmente o mantra WU [UUUU UUUU]. A enfermidade atormentava-o, os intestinos torturavam-no espantosamente, porém ele resolveu não lhes dar atenção.
Meng Shan esqueceu-se completamente do seu corpo e as suas pálpebras fecharam-se firmemente, como se estivesse morto. Contam as tradições chinesas que quando Meng Shan entrou em meditação, só o verbo – o mantra Wu – ressoava na sua mente; depois, depois não soube nada de si mesmo…
E a enfermidade? Que se passou com ela? O que aconteceu?
É evidente que toda a afecção, doença, dor tem por base determinadas formas mentais. Se conseguirmos o esquecimento radical, absoluto de qualquer padecimento, o cimento intelectual dissolve-se e a indisposição orgânica desaparece.
Quando Meng Shan se levantou do seu lugar no começo da noite, sentiu com infinita alegria que estava quase curado. Voltou a sentar-se e continuou submerso em profunda meditação até á meia-noite, quando a sua cura se completou. No mês de Agosto, Meng Shan foi a Chiang Ning e cheio de fé ingressou no sacerdócio. Permaneceu um ano naquele mosteiro e depois iniciou uma viagem durante a qual ele mesmo cozinhava os seus alimentos, lavava as suas roupas e cuidava das suas necessidades, Compreendeu, então, na íntegra, que a tarefa da meditação deve ser tenaz, resistente, forte, firme e constante, sem nunca se cansar.
(Texto lido e adaptado do Curso de Iniciação à Gnose da Fundasaw)
JFM - Lisboa- Portugal
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
ESPELHOS
Sem nos alongarmos muito em comentários, aqui deixamos para reflexão, dois textos que de autores diferentes quase que arriscamos a dizer que poderiam ser lidos em conjunto, isto é , como complemento do outro, sem que deixassem de fazer sentido no seu todo. Propositadamente indicamos o ano em que foram escritos. Sem mais palavras.
"Observar e observar-se a si mesmo são duas coisas completamente diferentes. No entanto ambas exigem atenção. Na “observação”, a atenção é orientada para fora, para o mundo exterior, através da janela dos sentidos.
Na auto-observação, a atenção é orientada para dentro. Para tanto, os sentidos de percepção externa não servem, motivo esse para que seja difícil para o neófito a observação dos seus processos psicológicos íntimos…/
Encontram-nos, pois, diante de dois mundos: o exterior e o interior. O primeiro é percebido pelos sentidos de percepção externa; o segundo só pode ser percebido pelos sentidos da percepção interna. - in Psicologia Revolucionária" -Samael Aun Weor - 1975
"...A identificação com a mente cria um filtro opaco de conceitos, rótulos, imagens, criticas, e definições que bloqueiam qualquer relacionamento verdadeiro. Coloca-se entre si e o seu Eu, entre si e o seu semelhante, entre si e a Natureza, entre si e Deus. É esse filtro de pensamento que cria a ilusão de separação, a ilusão de que existe você e um “outro” totalmente separado. Então você esquece-se do facto essencial de que, por baixo do nível das aparências físicas e das formas separadas, você é uno com tudo o que é. Quando digo que você se esquece, quero dizer que deixa de sentir essa mesma unicidade como uma realidade evidente por si mesma. Poderá acreditar que talvez ela seja verdadeira mas deixa de saber que ela é verdadeira. Uma crença poderá ser reconfortante. Contudo, é unicamente através da própria experiência que ela se torna libertadora". in O Poder do Agora - Eckhart Toll - 1999
JFM - Lisboa - Portugal
"Observar e observar-se a si mesmo são duas coisas completamente diferentes. No entanto ambas exigem atenção. Na “observação”, a atenção é orientada para fora, para o mundo exterior, através da janela dos sentidos.
Na auto-observação, a atenção é orientada para dentro. Para tanto, os sentidos de percepção externa não servem, motivo esse para que seja difícil para o neófito a observação dos seus processos psicológicos íntimos…/
Encontram-nos, pois, diante de dois mundos: o exterior e o interior. O primeiro é percebido pelos sentidos de percepção externa; o segundo só pode ser percebido pelos sentidos da percepção interna. - in Psicologia Revolucionária" -Samael Aun Weor - 1975
"...A identificação com a mente cria um filtro opaco de conceitos, rótulos, imagens, criticas, e definições que bloqueiam qualquer relacionamento verdadeiro. Coloca-se entre si e o seu Eu, entre si e o seu semelhante, entre si e a Natureza, entre si e Deus. É esse filtro de pensamento que cria a ilusão de separação, a ilusão de que existe você e um “outro” totalmente separado. Então você esquece-se do facto essencial de que, por baixo do nível das aparências físicas e das formas separadas, você é uno com tudo o que é. Quando digo que você se esquece, quero dizer que deixa de sentir essa mesma unicidade como uma realidade evidente por si mesma. Poderá acreditar que talvez ela seja verdadeira mas deixa de saber que ela é verdadeira. Uma crença poderá ser reconfortante. Contudo, é unicamente através da própria experiência que ela se torna libertadora". in O Poder do Agora - Eckhart Toll - 1999
JFM - Lisboa - Portugal
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
CICLICAMENTE AS RELIGIÕES RENOVAM-SE
Os Semideuses, Titãs, Deusas, Sílfides, Ciclopes, Mensageiros, etc foram rebaptizados como Anjos, Arcanjos, Serafins, Potestades, Virtudes, Tronos etc..
O Averno romano foi renomeado para Inferno; o Olimpo morada dos Deuses, tornou-se o Céu.
Os sacerdotes do paganismo, como Áugures, Magos, Druidas, Hierofantes e Sacrificadores, deram lugar aos Curas, Clérigos, Pastores, Prelados, Papas, Ungidos, Minoristas, Teólogos,Freis etc; e as Sibilas, Magas. Vestais, Druidessas, Papisas, Diaconisas, Pitonisas etc, transformaram-se em Noviças, Postulantes, Sorores, Abadessas, Canonisas, Preladas, Superioras, reverendas, Irmãs ou Monjas.
Ciclicamente as religiões renovam-se: os seus princípios seguem, as formas mudam.
Samael Aun Weor - Mensagem de Natal de 1961
Quando meditarmos nestas palavras com espírito objectivo e ausência de preconceitos ou objectos mentais, podemos encarar esta realidade como algo que nos pode pacificar e não, como aconteceu ao longo dos séculos, dividir a humanidade e fazer que por causa de apego a ideias obtidas através de (falsas) convicções se tenha destruído e causado tanta dor e sofrimento inquietude e divisão entre esta pobre humanidade. Podemos com clareza afirmar que a não aceitação dos outros com as suas diferenças, individualidade, formas de ser etc., provocou no século XX mais de cem milhões de mortos!
Quando se criam objectos mentais relativos a uma religião, logo surgem princípios e uma série de conceitos. O pior é que todo o ser humano se apega a esses princípios e renega imediatamente tudo o que lhe é alheio ou não entende. Este á o pasto propicio a todo o desentendimento humano. Manifesta-se até na mais simples discussão de tráfego ou, no que é trágico, numa guerra organizada. Pensemos como começaram as duas guerras mundiais, a guerra do Vietname ou mais recentemente a guerra do Iraque.
Como podemos acabar com esta forma de pensar?
O esforço pela mudança colectiva tem milhares de anos de insucesso. O homem colectivo falhou. Fracassou. No entanto se tal persiste, apenas se deve a que com o passar dos tempos perdeu a sua individualidade. Melhor, entendeu-a mal. Na ausência de soluções alternativas que passem por uma revolução INDIVIDUAL, o homem continuará a procurar hoje aqui amanhã ali, algo que não vislumbra em local que não conhece, não sente nem pode perceber. Tudo que lhe alimente o ego. Tudo o que o impeça de se unir ao seu Real Ser.
Quando nos unimos com o Pai Interno chega uma calma silenciosa, imensa e pacificadora do ser humano. Alguém disse que o silêncio é o que existe de mais parecido com Deus.
O que a Gnose propõe é que cada um encontre em si e por si, esse seu Caminho, decida a escolha e faça a opção (ou não) de o percorrer. Proposta simples. No entanto, sabemos que a coisa mais difícil do mundo é a simplicidade.
Aqui estaremos tal como outros já estiveram apesar das perseguições, calunias e falsidades daqueles que nos perseguiram, torturaram e mandaram para a fogueira. Não desistimos. O poeta Rumi disse num dos seus belos poemas: “ Quando eu morrer voarei com os Anjos. Quando me morrerem os anjos, naquilo que eu me vou transformar tu não podes imaginar. Porque aquilo em que eu me vou transformar não pode ser imaginado”.
Sempre assim foi, é e será.
JFM - Lisboa - Portugal
O Averno romano foi renomeado para Inferno; o Olimpo morada dos Deuses, tornou-se o Céu.
Os sacerdotes do paganismo, como Áugures, Magos, Druidas, Hierofantes e Sacrificadores, deram lugar aos Curas, Clérigos, Pastores, Prelados, Papas, Ungidos, Minoristas, Teólogos,Freis etc; e as Sibilas, Magas. Vestais, Druidessas, Papisas, Diaconisas, Pitonisas etc, transformaram-se em Noviças, Postulantes, Sorores, Abadessas, Canonisas, Preladas, Superioras, reverendas, Irmãs ou Monjas.
Ciclicamente as religiões renovam-se: os seus princípios seguem, as formas mudam.
Samael Aun Weor - Mensagem de Natal de 1961
Quando meditarmos nestas palavras com espírito objectivo e ausência de preconceitos ou objectos mentais, podemos encarar esta realidade como algo que nos pode pacificar e não, como aconteceu ao longo dos séculos, dividir a humanidade e fazer que por causa de apego a ideias obtidas através de (falsas) convicções se tenha destruído e causado tanta dor e sofrimento inquietude e divisão entre esta pobre humanidade. Podemos com clareza afirmar que a não aceitação dos outros com as suas diferenças, individualidade, formas de ser etc., provocou no século XX mais de cem milhões de mortos!
Quando se criam objectos mentais relativos a uma religião, logo surgem princípios e uma série de conceitos. O pior é que todo o ser humano se apega a esses princípios e renega imediatamente tudo o que lhe é alheio ou não entende. Este á o pasto propicio a todo o desentendimento humano. Manifesta-se até na mais simples discussão de tráfego ou, no que é trágico, numa guerra organizada. Pensemos como começaram as duas guerras mundiais, a guerra do Vietname ou mais recentemente a guerra do Iraque.
Como podemos acabar com esta forma de pensar?
O esforço pela mudança colectiva tem milhares de anos de insucesso. O homem colectivo falhou. Fracassou. No entanto se tal persiste, apenas se deve a que com o passar dos tempos perdeu a sua individualidade. Melhor, entendeu-a mal. Na ausência de soluções alternativas que passem por uma revolução INDIVIDUAL, o homem continuará a procurar hoje aqui amanhã ali, algo que não vislumbra em local que não conhece, não sente nem pode perceber. Tudo que lhe alimente o ego. Tudo o que o impeça de se unir ao seu Real Ser.
Quando nos unimos com o Pai Interno chega uma calma silenciosa, imensa e pacificadora do ser humano. Alguém disse que o silêncio é o que existe de mais parecido com Deus.
O que a Gnose propõe é que cada um encontre em si e por si, esse seu Caminho, decida a escolha e faça a opção (ou não) de o percorrer. Proposta simples. No entanto, sabemos que a coisa mais difícil do mundo é a simplicidade.
Aqui estaremos tal como outros já estiveram apesar das perseguições, calunias e falsidades daqueles que nos perseguiram, torturaram e mandaram para a fogueira. Não desistimos. O poeta Rumi disse num dos seus belos poemas: “ Quando eu morrer voarei com os Anjos. Quando me morrerem os anjos, naquilo que eu me vou transformar tu não podes imaginar. Porque aquilo em que eu me vou transformar não pode ser imaginado”.
Sempre assim foi, é e será.
JFM - Lisboa - Portugal
terça-feira, 3 de agosto de 2010
SOBRE O MEDO
No filme “V” de Vingança, a personagem Evey Hammond, quando encarcerada nas mais duras condições se dispõe a morrer sem denunciar, subitamente, o seu suposto carcereiro diz-lhe:
- Então já não tem medo.
-Está completamente livre.
Nos diálogos seguintes o espectador percebe que a estratégia seguida foi, apesar de dolorosa e difícil, bastante simples: O medo perde-se perdendo-o
O medo condiciona-nos a vida, mesmo quando preferimos chamar-lhe prudência.
O que podemos dizer da nossa conversa interna. Os medos sobre o futuro sempre têm uma qualquer estrutura/objecto mental "E se...?" E se eu estou errado? E se as pessoas rirem de mim? O que acontece se eu me antecipar os outros? E se eu não fizer um acabamento perfeito? E se eu falhar? E se eu não posso? E se eu não sei?... E se (não) estou enganado? Que se riem de mim? E se o momento não é oportuno? E se vai pensar mal de mim? E se vou deitar tudo a perder? Etc., etc,… até do próprio êxito há quem tenha e se encha de medo.
Um dia Mestre Samael Aun Weor, recebeu o seu amigo Júlio Medina Viscaino, deitado num estrado suspenso por dois bancos de madeira. Dormia quando o visitante chegou.
-Que faz nessa tábua Mestre?
Ele respondeu:
-Um jejum forçado
O que é um jejum forçado?
- Um jejum forçado é quando não há nada para comer.
-Mestre eu tenho aqui com que comer.
Tirou uma quantia do bolso e entrego-a. De pronto a sua esposa saiu ao mercado e providenciou a refeição. Depois de comerem Júlio voltaria a carga:
- Mestre, o senhor não se preocupa com o dia de amanhã?
- E com o que queres tu que me preocupe?
- Com aquilo que fará com que amanhã volte a comer.
Impávido o Mestre inquiriu:
- Diz-me uma coisa, quantos filhos tens?
-Quatro filhos.
-Bem, os teus filhos alguma vez se preocuparam com o que vão comer no dia seguinte?
Respondeu-lhe o amigo que não, nunca se preocupavam porque sabiam que tinham pai e que se preocupava com eles. Ao que o Mestre rematou:
- Exactamente o mesmo acontece comigo, eu tenho um Pai e confio nele, Ele saberá o que me dar de comer e disso comerão a minha mulher e os meus filhos.
JFM/LISBOA
- Então já não tem medo.
-Está completamente livre.
Nos diálogos seguintes o espectador percebe que a estratégia seguida foi, apesar de dolorosa e difícil, bastante simples: O medo perde-se perdendo-o
O medo condiciona-nos a vida, mesmo quando preferimos chamar-lhe prudência.
O que podemos dizer da nossa conversa interna. Os medos sobre o futuro sempre têm uma qualquer estrutura/objecto mental "E se...?" E se eu estou errado? E se as pessoas rirem de mim? O que acontece se eu me antecipar os outros? E se eu não fizer um acabamento perfeito? E se eu falhar? E se eu não posso? E se eu não sei?... E se (não) estou enganado? Que se riem de mim? E se o momento não é oportuno? E se vai pensar mal de mim? E se vou deitar tudo a perder? Etc., etc,… até do próprio êxito há quem tenha e se encha de medo.
Um dia Mestre Samael Aun Weor, recebeu o seu amigo Júlio Medina Viscaino, deitado num estrado suspenso por dois bancos de madeira. Dormia quando o visitante chegou.
-Que faz nessa tábua Mestre?
Ele respondeu:
-Um jejum forçado
O que é um jejum forçado?
- Um jejum forçado é quando não há nada para comer.
-Mestre eu tenho aqui com que comer.
Tirou uma quantia do bolso e entrego-a. De pronto a sua esposa saiu ao mercado e providenciou a refeição. Depois de comerem Júlio voltaria a carga:
- Mestre, o senhor não se preocupa com o dia de amanhã?
- E com o que queres tu que me preocupe?
- Com aquilo que fará com que amanhã volte a comer.
Impávido o Mestre inquiriu:
- Diz-me uma coisa, quantos filhos tens?
-Quatro filhos.
-Bem, os teus filhos alguma vez se preocuparam com o que vão comer no dia seguinte?
Respondeu-lhe o amigo que não, nunca se preocupavam porque sabiam que tinham pai e que se preocupava com eles. Ao que o Mestre rematou:
- Exactamente o mesmo acontece comigo, eu tenho um Pai e confio nele, Ele saberá o que me dar de comer e disso comerão a minha mulher e os meus filhos.
JFM/LISBOA
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