Os Semideuses, Titãs, Deusas, Sílfides, Ciclopes, Mensageiros, etc foram rebaptizados como Anjos, Arcanjos, Serafins, Potestades, Virtudes, Tronos etc..
O Averno romano foi renomeado para Inferno; o Olimpo morada dos Deuses, tornou-se o Céu.
Os sacerdotes do paganismo, como Áugures, Magos, Druidas, Hierofantes e Sacrificadores, deram lugar aos Curas, Clérigos, Pastores, Prelados, Papas, Ungidos, Minoristas, Teólogos,Freis etc; e as Sibilas, Magas. Vestais, Druidessas, Papisas, Diaconisas, Pitonisas etc, transformaram-se em Noviças, Postulantes, Sorores, Abadessas, Canonisas, Preladas, Superioras, reverendas, Irmãs ou Monjas.
Ciclicamente as religiões renovam-se: os seus princípios seguem, as formas mudam.
Samael Aun Weor - Mensagem de Natal de 1961
Quando meditarmos nestas palavras com espírito objectivo e ausência de preconceitos ou objectos mentais, podemos encarar esta realidade como algo que nos pode pacificar e não, como aconteceu ao longo dos séculos, dividir a humanidade e fazer que por causa de apego a ideias obtidas através de (falsas) convicções se tenha destruído e causado tanta dor e sofrimento inquietude e divisão entre esta pobre humanidade. Podemos com clareza afirmar que a não aceitação dos outros com as suas diferenças, individualidade, formas de ser etc., provocou no século XX mais de cem milhões de mortos!
Quando se criam objectos mentais relativos a uma religião, logo surgem princípios e uma série de conceitos. O pior é que todo o ser humano se apega a esses princípios e renega imediatamente tudo o que lhe é alheio ou não entende. Este á o pasto propicio a todo o desentendimento humano. Manifesta-se até na mais simples discussão de tráfego ou, no que é trágico, numa guerra organizada. Pensemos como começaram as duas guerras mundiais, a guerra do Vietname ou mais recentemente a guerra do Iraque.
Como podemos acabar com esta forma de pensar?
O esforço pela mudança colectiva tem milhares de anos de insucesso. O homem colectivo falhou. Fracassou. No entanto se tal persiste, apenas se deve a que com o passar dos tempos perdeu a sua individualidade. Melhor, entendeu-a mal. Na ausência de soluções alternativas que passem por uma revolução INDIVIDUAL, o homem continuará a procurar hoje aqui amanhã ali, algo que não vislumbra em local que não conhece, não sente nem pode perceber. Tudo que lhe alimente o ego. Tudo o que o impeça de se unir ao seu Real Ser.
Quando nos unimos com o Pai Interno chega uma calma silenciosa, imensa e pacificadora do ser humano. Alguém disse que o silêncio é o que existe de mais parecido com Deus.
O que a Gnose propõe é que cada um encontre em si e por si, esse seu Caminho, decida a escolha e faça a opção (ou não) de o percorrer. Proposta simples. No entanto, sabemos que a coisa mais difícil do mundo é a simplicidade.
Aqui estaremos tal como outros já estiveram apesar das perseguições, calunias e falsidades daqueles que nos perseguiram, torturaram e mandaram para a fogueira. Não desistimos. O poeta Rumi disse num dos seus belos poemas: “ Quando eu morrer voarei com os Anjos. Quando me morrerem os anjos, naquilo que eu me vou transformar tu não podes imaginar. Porque aquilo em que eu me vou transformar não pode ser imaginado”.
Sempre assim foi, é e será.
JFM - Lisboa - Portugal
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