sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A DIGNIDADE

As pessoas se acostumaram tanto com a tirania, que quando não estão levando chicoteadas nas costas reclamam da falta de dor. Esta humanidade é lamentável, digna de pena. O Trabalho Esotérico é para pessoas que não se sujeitam à tirania, que são capazes de lutar contra ditadores, que são em alma revolucionários em Consciência. Uma pessoa que se deixa levar por ditaduras de todos os tipos seja lá qual for o motivo, jamais derrotaria seu Lúcifer Intimo, alguém que se ajoelha perante um tirano, jamais derrotará seu próprio ego da luxúria. A dignidade é uma virtude que se perdeu no tempo.
As pessoas confundem a dignidade com orgulho. Dignidade é torna-se digno, é respeitar a si mesmo e fazer-se respeitar também. É respeitar a todos, a virtude da humildade só se consegue quando se torna digno. A pessoa que não possui dignidade anda cabisbaixa nos mundos internos, sem coragem para olhar para o alto, sem coragem para olhar para o Sol. Uma pessoa assim se afasta por si só de seu Cristo Intimo e de seu Pai Interno. Ela troca seu Cristo Intimo por 30 moedas de prata.
A Iniciação é sinónimo de humilhação, mas não uma humilhação mecânica como muitas pessoas acreditam, trata-se de uma humilhação consciente, o Iniciado sabe que não precisa se prostrar diante do verdugo, mas mesmo assim ele o faz, por obediência. Ser humilde é ser consciente, é ter sabedoria e não mostrá-la, é ter poderes sobre a Criação e não usa-los. A dignidade é bem diferente do asqueroso orgulho, a dignidade é ter uma vida recta, é ser capaz de se dirigir a um Mestre sem ter medo, sem esconder a verdade de ninguém, é assim a dignidade, é tornar-se digno de adquirir o Conhecimento.
A dignidade é torna-se Revolucionário em Consciência. A Iniciação é só para Revolucionários de Consciência. Não existe Iniciação para indignos. É necessário tornar-se digno para se obter ajuda dos céus.

Uma pessoa indigna quando pede ajuda aos céus não recebe ajuda, pois ela é vista nos mundos internos como passiva. Uma pessoa que mesmo vendo algo errado não faz nada para modificar a situação, se torna cúmplice nos mundos internos e é castigada como se estivesse cometendo o delito. Há de ser Consciência para falar e Consciência para se calar nas horas certas. Bem aventurado aquele que tem um amigo que é digno. Não existem acertos de conta com o Tribunal do Karma para os indignos, tais pessoas devem eliminar o eu da passividade dentro de si mesmas para se obter ajuda.
O indigno é aquele que mesmo percebendo uma situação errada não faz nada para muda-la. O indigno é o adúltero. O indigno é aquele que apanha sem lutar. É aquele sujeito medroso que deixaria sua própria família ser molestada. É aquele que foge das batalhas, que não faz nada por um mundo melhor. É indigno aquele que espera que façam tudo por ele. É aquele que como Pilatos lava as mãos e deixa que outros tomem a decisão por ele. Ao abismo com o indigno. O indigno é aquele que se deixa prender em situações absurdas, que não luta, que é humilhado o tempo todo e só faz chorar. Que mesmo detestando seu próprio emprego, sua própria vida, se deixa levar pela correnteza. Não existe Trabalho Esotérico para o indigno, é como pedir a morte de um ego com medo que ele (o ego) morra. É como pedir a morte do ego do apego torcendo para que ele não morra. É ter medo da vida. É se preocupar com amanhã. É usar roupas velhas (se preocupar com o passado). O revolucionário de Consciência vive o hoje. O indigno vive em qualquer tempo. Sempre com medo de perder, portanto nunca vence. Ser indigno é como matar um tigre e ficar com medo da pele. É necessário Revolução no Trabalho Esotérico. É necessário eliminar todas as nossas fraquezas, nossos medos, nossas humilhações inconscientes, eliminar o medo que se tem das pessoas, aprender a respeita-las, a obedecer e a amá-las, só assim se consegue ser digno.

Quando um indigno concorre a um templo interno, sempre fica ao canto. É lamentável, mas às vezes algum Iniciado se compadece e tenta ajuda-lo, mas quase sempre o medo e a dúvida impedem a ajuda. O indigno é visto como uma pessoa suja, é como se suas vestes estivessem sempre sujas. Suas orações demoram muito para serem atendidas. Sua passividade chega a assombrar os Mestres dos mundos Internos, falta-lhe coragem, tudo que faz é como se possuísse um grande fardo em suas costas, tudo é devagar, nada é acelerado. O indigno vai se tornando cego. A cegueira é um dos karmas para o indigno. A humanidade actual é cega. E o pior, são cegos guiando cegos. A humanidade actual aborrece ao Cristo Solar. A humanidade actual será destruída por lhe faltar dignidade.
Só o digno consegue o perdão por seus karmas, somente o digno consegue negociar seus karmas. Somente o digno consegue crédito cósmico. É necessário destruir a preguiça, a passividade, é necessário enxergar o que se tem para ver e modificar sua própria vida. O futuro do indigno é o abismo. Uma pessoa que mesmo sabendo que seu cônjuge o trai e não faz nada é um indigno. As hierarquias o consideram como um cúmplice e o julgam como adúltero. O Kundalini (veja aula 04) não se desenvolve no indigno. O indigno não serve nem para o bem, nem para o mal. Ao fogo para o indigno. Nos mundos infernos os indignos são escravos dos demónios. Muitos se tornam o próprio demónio, mas recebe ordem de outros. Os indignos são uns pobres coitados que apenas vivem por viver, o que é pior tem medo de viver. Um indigno não poderá nunca habitar o Nirvana. Um indigno nunca fabricará alma. O indigno mente e vive num mundo de mentiras e de meias verdades. A mentira o afasta de seu Pai Interno, então fica desamparado, perdido, abandonado, digno de pena. Muitos chegam a ser vistos como mendigos nos mundos internos. Este é mais um dos karmas para o indigno: a mendicidade. O indigno anda como pedinte nos mundos internos, batendo de porta em porta com palavras desconexas, falta-lhe um centro de gravidade. A humanidade de tão indigna que é perecerá com as fúrias da água, do ar, da terra e do fogo.

Para se negociar os karmas a pessoa antes de mais nada deve conquistar a virtude da dignidade. Esta nada tem haver com o amor próprio, com o orgulho. Mas sim com o respeito por si mesmo, pela família, pela natura e pela própria humanidade. O indigno mente e vive num mundo de mentiras, aos poucos vai adquirindo determinados karmas tais como o da deformação do próprio corpo físico, sim a feiura também é um karma e tem haver com o ego da mentira, se numa vida se deforma a verdade, em outra se é deformado. A mentira leva à uma vida de fantasias, aí vem o karma do autismo, se numa vida se fugiu da verdade, na outra se vive na mentira, num mundo particular de fantasias e ilusões. A mentira leva ao adultério. O adultério ao homossexualismo. O homossexualismo leva ao abismo.
O indigno Trai constantemente seu Pai Interno porque vive mentindo, Trai sua Mãe Divina quando adultera e Trai seu Cristo Intimo porque não sabe amar. Vive sempre justificando seu próprio apego. O indigno trai seu cônjuge, trai sua família, trai seus amigos, trai a si mesmo constantemente. O indigno é uma semente que não quer germinar. O indigno é fraco, lhe falta forças porque permite que o eu da traição lhe ordene à própria vida. A vida de um indigno é um caos. Jamais será feliz, nem nesta nem em outra vida.
Ao indigno todas as portas estão fechadas, menos uma a do Arrependimento. 

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JFM - Lisboa -Portugal

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