quinta-feira, 18 de abril de 2013

OS OCULTOS NÍVEIS DO SUBCONSCIENTE

Certa noite, não muito longínqua de outono, um estudante gnóstico dizia ao seu Mestre: "Já não me interessa auto realizar-me nem perfecionar-me, o  que me interessa é trabalhar pela libertação do proletariado e pelos outros... que nos leve o Diabo"
E o Mestre respondeu: "A água e o sabão não prejudicam a ninguém. Podes continuar trabalhando pelo proletariado, mas banha-te e ensaboa te bem". O estudante compreendeu a parábola do Mestre e guardou então respeitoso silêncio.
Há gentes que são asseadas por fora, não comem carne, não bebem, não fumam, se presumem castas, mas de noite têm poluições.
Há gente que cobiça não ser cobiça, essas gentes abominam a cobiça e, no entanto, cobiçam não serem cobiçosos.
São muitas as pessoas que cobiçam virtudes, ao Eu encanta-lhe as medalhas, as honras, as virtudes. As pobres gentes acham que cobiçando as virtudes conseguirão possuir as virtudes.
Não querem dar conta que o Amor não existe e que só compreendendo todos os processos do ódio nos diferentes corredores, terrenos e regiões do subconsciente, se acaba com o ódio e nasce em forma natural, espontânea e pura isso a que se chama Amor. Assim acontece o Amor.
Há quem cobice a virtude do ALTRUISMO, mas a sós, compreendendo muito a fundo como se processa o egoísmo nos diferentes níveis do subconsciente, podemos aniquilar o egoísmo; morto o egoísmo, nasce em nós sem esforço algum, a flor preciosa do altruísmo.
Aqueles que cobiçam a virtude preciosa da HUMILDADE, não querem compreender, as pobres gentes, que a humildade é uma flor muito exótica, com o simples fato de nos sentir satisfeitos com essa virtude, já deixa de existir em nós, é necessário compreender muito a fundo o processo do orgulho nos diferentes níveis ocultos do subconsciente, acabar com o orgulho, e então nasce em nós sem esforço algum, a flor exótica da humildade.
Aqueles que cobiçam a virtude da CASTIDADE, transmutando e sublimando a energia sexual e compreendendo todos os processos da luxúria em todos os ocultos níveis do subconsciente, se aniquila este horrível vício e nasce em nós em forma natural e sublime a flor exótica da castidade.
A gente que cobiça a virtude da DOÇURA, mas só compreendendo todos os processos da ira nos corredores subconscientes da mente, nasce então em nós a preciosa virtude da doçura.
Os que cobiçam a virtude da DILIGÊNCIA, ao compreenderem em forma integral os processos da preguiça em todos os ocultos níveis do subconsciente, nasce em nós a diligência depois que a preguiça se tenha desintegrado.
Nunca se deverá perder de vista a morte psicológica. Viver interiorizando e observar como  se manifesta o ego...
 VM Samael Aun Weor - MENSAGEM DE NATAL 1965 – 1966, CAPÍTULO XI


JFM Lisboa - Portugal

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