quinta-feira, 11 de julho de 2013

PENSAR COM O CORAÇÃO



Quando Carl Jung, o grande psicanalista, viajou até Taos, um povo do Novo México, em 1925, reuniu-se com o chefe dos nativos, Ochwiay Biano. Biano disse- a Jung que de acordo a seu povo, os brancos estavam "algo loucos”, intranquilos, inquietos… sempre querendo fazer algo.

Então Jung perguntou-lhe porque pensava que estavam loucos, e o chefe respondeu, que assim era porque “pensavam com a cabeça”, um sinal seguro de doença mental, entre sua tribo. Jung perguntou então como pensavam eles, e este apontou para a seu coração. A resposta do chefe índio deixou a Jung  mergulhado numa profunda introspeção, que lhe permitiu passar a observar toda sua forma de viver a partir do seu coração…dando conta da quantidade de pensamentos e crenças limitadoras que o tinham condicionado durante toda a sua vida.

Estamos totalmente centrados na cabeça e por isso temos perdido o contato com nosso corpo, os nossos sentimentos e sobretudo com a inteligência do coração e essas qualidades misteriosas, como a intuição e a espontaneidade. Precisamos abrir uma nova dimensão do Ser.

Porque o coração consciente, significa saber estar com os pés na terra, aqui e agora. Não se centra em teorias abstratas e fórmulas, vê a cada situação tal como é e chega a soluções práticas tendo em conta todos os fatores. O coração, quando está ligado com o pensamento, centra-se na realidade e assim, é pouco provável que possa se equivocar.
Jairo Kalpa

JFM - Lisboa - Portugal

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